O Setembro Amarelo é a luta em combate ao suicidio. A data traz a importância de falarmos sobre o assunto para esclarecermos e prevenirmos o acontecimento. Estima-se que 32 pessoas cometem suicidio por dia no Brasil, causando mais mortes do que o câncer e a AIDS.
Sem dúvida, a campanha de conscientização ajuda a salvar vidas e melhorar a situação de pessoas com esses pensamentos. São correntes de apoio e voluntários ajudando a quem precisa.
As informações são necessárias para que as pessoas saibam como lidar, prestar ajuda e acolhimento, muitos encontram felicidade e qualidade de vida através dos tratamentos corretos.
Vamos ver neste artigo um pouco sobre a história do setembro amarelo, os canais de atendimento e informações sobre as doenças que levam aos pensamentos de suicídio.
Setembro amarelo é a data para a campanha de conscientização e prevenção do suicidio. Tudo teve início nos Estados Unidos, quando um jovem que tinha por hobby restaurar carros e aparentemente tinha uma vida saudável tirou a própria vida com apenas 17 anos de idade.
Os amigos e familiares de Mike Emme não perceberam os problemas psicológicos que o jovem enfrentava sozinho, pois, em muitos casos, as pessoas sofrem caladas e não mostram sinais, ou, mostram sinais sutis que apenas os mais próximos conseguem notar.
Após o ocorrido, os familiares lançaram uma campanha através de cartões de apoio para pessoas que pensavam em tirar a sua própria vida. Muitos aderiram à campanha e ela teve um enorme alcance até chegar no mês da prevenção do suicídio. A cor amarela ficou em homenagem ao jovem que na época trabalhava na restauração de um mustang amarelo.
Os pensamentos suicidas podem ocorrer por vários motivos: sentimentos de sofrimento, solidão, estresse crônico, depressão, delírios psicóticos, crenças centrais deletérias entre outros. Eles podem culminar neste ato em momento de desespero ao sentirem-se sem saída para a situação. Por isso, é importante ter alguém para estender a mão e disposto a ajudar.
O lema mostra como sair dessa situação e também que estamos dispostos a ajudar quem precisa, sem julgamentos e dando acolhimento. Para que isso ocorra, é importante que os familiares percebam o comportamento do indivíduo, se existe uma mudança, já que muitas vezes as pessoas sofrem caladas e mantêm a aparência de que está tudo bem.
Pedir ajuda é algo inerente ao ser humano, vivemos uns com os outros e todos vamos precisar de ajuda em algum momento. Não há nada de errado em pedir ajuda, então, se precisar peça.
A depressão é a doença que mais leva as pessoas a tirarem a própria vida.
Conheça mais sobre a doença: Sintomas de depressão: como ajudar alguém que está em depressão
Outros transtornos psiquiátricos também possuem tratamento, são doenças sérias que precisam de rede de apoio e acompanhamento adequado, desta maneira a aderência dos pacientes melhora, pois, eles obtêm o ganho e passam a ter uma vida melhor.
Doenças psiquiátricas são como outras doenças, existem mudanças bioquímicas e também na morfologia cerebral que geram o comportamento, desse modo o tratamento pode contemplar medicamentos e acompanhamento psicoterápico.
Os métodos para tratar os pacientes são dia mais eficazes, é comprovado que a terapia cognitiva comportamental é capaz de modificar as estruturas cerebrais através da adequação de comportamentos e criação de novos hábitos. O primeiro passo é identificar essa necessidade e isso se dá através do pedido de ajuda.
Quando o jovem Mustang Mike, como era conhecido, cometeu suicidio, os familiares iniciaram a campanha distribuindo cartões que continham escrito: “se precisar peça ajuda”, e dessa maneira muitas vidas foram salvas e mais são salvas a cada ano de campanha.
Propagar o lema move as pessoas a saírem do silêncio para que a doença seja identificada.
Todos podem ajudar ao falar sobre o assunto e divulgar a campanha. Existem panfletos informativos para distribuição. Fazer circular as informações é um modo de ajuda.
É importante informar-se sobre o assunto, saber ajudar e fazer a diferença.
Acesse o material:
Site: https://www.setembroamarelo.com/
Seja voluntário no centro de valorização a vida: https://www.cvv.org.br/
Ligue 188 para conversar com um voluntário.
Infelizmente, os casos acontecem durante o ano todo, não existe um período para que ocorram, portanto a prevenção deve ser um trabalho contínuo.
Além disso, as doenças mentais precisam de atenção. É necessário parar com o preconceito e entender que todos podem sofrer com alguma doença mental, assim como também outros problemas de saúde como diabetes, hipertensão e etc.
Além disso, os fatores ambientais são muito importantes, até mesmo mais que os genéticos. Todos podemos contribuir de alguma forma. Podemos, por exemplo, contribuir para que nosso ambiente de trabalho seja melhor e ajudar na qualidade de vida de pessoas que estão sofrendo e não nos damos conta disso.
Também é possível proporcionar escuta ativa para aqueles que pedem ajuda. Sem julgar, sem dar conselhos, sem pedir para que a pessoa esqueça ou deixe isso para lá, sem ter medo de perguntar diretamente sobre o pensamento suicida.
É importante encaminhá-los para o atendimento adequado com pessoas capacitadas.
A prevenção pode salvar vidas.
Biomédica habilitada em Análises Clínicas, Pós Graduada em Auditoria dos Serviços da Saúde, mestranda no Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Unifesp. Atualmente trabalha nas pesquisas do BEST- Laboratório de Biologia do Estresse.
