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22 de novembro de 2023

A semaglutida está causando uma grande crise no mercado alimentício, principalmente em empresas de produtos industrializados com alto teor de açúcar e sal, conhecidos por gerar vício nos consumidores. Esse comportamento vem acontecendo principalmente nos Estados Unidos, país que mais insere ingredientes industrializados para ressaltar o sabor dos alimentos. 

Apesar de ser uma boa opção em muitos casos, o uso de medicamentos inibidores de apetite pode causar diversos impactos na saúde de quem os utiliza e também no mercado alimentício como um todo, que precisa se adaptar às mudanças de comportamento dos consumidores, que, de certa forma, passam a ser mais críticos em relação ao que consomem.

Neste artigo, falaremos sobre como a semaglutida deixou de ser conhecida apenas como um medicamento para diabéticos e os impactos disso no mercado de alimentos. Confira!

Como a semaglutida funciona e por que tem sido buscada para perder peso

A semaglutida é um medicamento da classe dos anorexígenos, remédios que apresentam anfetamina em sua composição, e atua diretamente no sistema nervoso central com objetivo de inibir o apetite.

Também conhecidos como “canetinha azul”, os medicamentos que têm a semaglutida como princípio ativo se tornaram populares entre quem busca perder peso, mas na verdade, são desenvolvidos para tratar casos de diabete tipo 2.

O uso desses medicamentos aumenta o tempo de ação de substâncias conhecidas como incretinas, que também provocam a redução do apetite pelo sistema nervoso central, agindo para que o paciente sinta menos fome. 

A semaglutida atua em vários órgãos do corpo. No hipotálamo, estrutura do cérebro que controla a produção e regulação de hormônios, influencia na sensação de saciedade, reduzindo o apetite. Já a sua atuação no fígado ajuda a diminuir a produção de glicose e estimula a produção de insulina. 

A semaglutida simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino que regula o nível de açúcar no sangue, glicemia, junto das respostas de saciedade. Sempre que você se alimenta, o hormônio GLP-1 sinaliza para o cérebro que a redução da fome, retardando o esvaziamento do estômago.

Quando injetada, a semaglutida é liberada na corrente sanguínea e metabolizada por enzimas que interagem com proteínas ou peptídeos, que depois são eliminados do corpo por via renal.

Ou seja, o medicamento melhora o funcionamento da insulina no organismo, permanecendo por mais tempo a sensação de saciedade após a refeição. O efeito do medicamento dura uma semana no organismo. 

Como o medicamento consegue ajudar no controle de ingestão de calorias diárias, a busca vem aumentando, segundo informações da plataforma Consulta Remédios. Esses dados fazem um comparativo da busca por remédios com semaglutida, e mostram que houve um aumento de 91% no primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022.

Os perigos da venda sem receita e o impacto na indústria alimentícia

O uso de semaglutida vêm sendo vendido como um grande solucionador de problemas para quem precisa controlar as calorias

O fato de o medicamento ser vendido sem receita faz com que as pessoas usem o medicamento deliberadamente por acreditarem que o medicamento age no metabolismo, o que não é verdade. Como já foi dito, serve para retardar o esvaziamento gástrico.

Devido à adesão que esse medicamento tem para o controle de peso, o banco de investimento Morgan Stanley prevê que até 2035, quase 7% da população dos Estados Unidos estará tomando medicamentos para perder peso. 

Com mais pessoas encontrando essa forma de controlar o apetite, a indústria de alimentos está buscando criar estratégias para atrair esse perfil de consumidor, produzindo produtos mais saudáveis e tomando outras medidas para impedir uma queda de vendas. Por exemplo: pessoas passam a comer porções menores, logo, as embalagens de produtos também serão menores.

A Associação Brasileira de Endocrinologia  e Metabologia (SBEM) divulgou um documento avisando sobre o uso e os riscos que pessoas que fazem uso deste medicamento estão sujeitas. A Food and Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Anvisa, anunciou em agosto do ano passado que medicamentos com semaglutida estavam em falta.

Pessoas que usam a semaglutida para perder peso cometem o erro de usá-la de forma indiscriminada, pois ignoram os riscos, já que encaram o remédio apenas pelo lado de seus benefícios. 

Pensar dessa forma pode fazer com que o paciente exagere no uso, ultrapassando a dosagem e o período de uso recomendado - o medicamento deve ser ingerido apenas 1 vez por semana. 

Substância como a semaglutida não é a primeira usada em massa; algo parecido acontece com o Zolpidem, remédio usado para quem tem problemas de sono. 

Efeito da semaglutida no rosto e outros efeitos adversos dessa substância

No caso do rosto, a semaglutida costuma provocar uma reação caracterizada por uma vermelhidão que pode ser acompanhada de coceira, calor e inchaço, resultante de uma resposta imunológica ao medicamento. Essa reação geralmente ocorre no início do tratamento, persistindo por alguns dias ou semanas, sendo mais grave no primeiro dia.

O efeito adverso causado pela substância é conhecido como “rosto de semaglutida”. Esse problema deixa o rosto flácido e envelhecido, podendo também atingir a região das nádegas.

Por causa do emagrecimento acelerado, causado pelo uso do remédio, acaba ocasionando na perda de gordura tanto do corpo quanto da face. 

Vale lembrar que a gordura é um dos principais tecidos que sustentam a face e, quando a perda de peso é muito acelerada, a flacidez fica ainda mais acentuada por causa da redução do colágeno da pele.

Algumas pessoas que usam semaglutida também podem ter as seguintes reações:

  • Enjoo;
  • Diarreia;
  • Hipoglicemia;
  • Vômito;
  • Suor frio, pele pálida;
  • Dor de cabeça;
  • Alterações nos batimentos cardíacos e na visão;
  • Sensação de sono ou fraqueza;
  • Nervosismo;
  • Ansiedade ou confusão;
  • Dificuldade de concentração ou tremor;
  • Refluxo ou azia.

Afinal, dá para perder peso com saúde usando a semaglutida? 

É possível, mas é sempre importante consultar um profissional de saúde antes de ingerir qualquer medicamento para perda de peso.

Inclusive, há uma versão da semaglutida específica para o tratamento da obesidade sendo desenvolvida e aprovada em vários países. Até lá, vale sempre lembrar que cada caso é um caso e cabe apenas ao médico indicar as medicações adequadas para o paciente. 

Ainda nesse contexto, para evitar os riscos trazidos pelo excesso da semaglutida, os medicamentos manipulados se destacam com uma boa alternativa, pois contam com fórmulas que entregam exatamente o que o corpo precisa e sem provocar efeitos colaterais.

Existem outros diversos inibidores de apetite, inclusive naturais, que podem compor uma fórmula personalizada e que vai gerar resultados mais rápidos e eficientes justamente por serem desenvolvidas para cada necessidade e característica do paciente.

Os manipulados para emagrecer são seguros e só podem ser obtidos a partir de prescrição médica, o que torna esse tipo de medicação ainda mais confiável. Por isso, se você quer perder peso e se importa com a sua saúde, não deixe de conversar com o seu médico sobre essa alternativa para o uso da semaglutida.

Atenção: Este conteúdo é estritamente informativo e não possui caráter comercial. A Manipulaê não incentiva a automedicação e produz fórmulas manipuladas exclusivamente com base em prescrições feitas por profissionais de saúde habilitados.

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