A rosácea é uma doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida e acomete cerca de 5-10% da população mundial. A principal característica da rosácea é a vermelhidão no centro do rosto, que pode ser transitória ou persistente.
É uma doença que não tem cura, mas que pode ser tratada, inclusive com dermocosméticos, a depender do grau. Ao longo deste artigo, você vai compreender melhor o que é rosácea, quais são os sintomas, diagnóstico e alternativas terapêuticas.
A rosácea é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela vermelhidão, telangiectasias (dilatação dos vasos sanguíneos), eritema, pápulas e, em casos mais graves, rinofima, que é o surgimento de massas e caroços no nariz.
Geralmente, a rosácea acomete mais as pessoas de pele clara com idade entre 30 e 50 anos. A causa da rosácea ainda é desconhecida, mas os especialistas apresentam algumas suspeitas:
O uso de corticóides também pode agravar o quadro de rosácea.
A acne é uma condição que pode aparecer em qualquer pessoa em qualquer fase da vida. A acne é uma consequência do excesso de produção de sebo pelas glândulas sebáceas, que acabam por obstruir os poros causando inflamação e levando à formação de pápulas e pústulas.
Já a rosácea se apresenta geralmente depois dos 30 anos de idade, na região central da face e, assim como no caso da acne, também pode formar pápulas e pústulas.
A rosácea é uma doença que se divide em 4 fases: fase pré rosácea, fase vascular, fase inflamatória e fase tardia. Cada uma delas pode manifestar sintomas diferentes. Entenda abaixo os mais comuns.
A fase pré rosácea é caracterizada principalmente pelo rosto quente e vermelho, que pode ser desencadeada pelo calor, exposição ao sol, ingestão de alimentos condimentados, práticas intensas de exercícios físicos, estresse, álcool e dermocosméticos.
Já na fase vascular acontece a dilatação dos vasos sanguíneos e o surgimento dos eritemas.
Na fase inflamatória há o surgimento de pápulas e pústulas estéreis, sem microrganismos.
Nesta fase, surgem caroços e massas na região do nariz e bochechas. Essas “massas” são consequências da hiperplasia das glândulas sebáceas.
Existe também a rosácea ocular, que, geralmente, precede a rosácea facial. Esse tipo de rosácea caracteriza-se pela coceira, irritação, sensação de que há algo dentro do olho e edema ocular.
Geralmente, o diagnóstico da rosácea é clínico: são avaliados os sinais, sintomas e idade. A rosácea pode ser confundida com alergias ou acne adulta, por exemplo, por isso é sempre necessário consultar um dermatologista de sua confiança para obter um diagnóstico detalhado.
Alguns fatores podem piorar o quadro da rosácea: exposição à luz solar, temperaturas extremas, estresse emocional, atividade física intensa, o uso de alguns dermocosméticos, ansiedade, consumo de bebidas alcoólicas e a ingestão de alimentos muito condimentados e apimentados.
A rosácea é uma doença que não tem cura, mas que pode ser tratada, principalmente com o intuito de controlar os sintomas.
Na hora da limpeza da pele, evite sabonetes que elevem o pH da pele. Isso porque esses produtos podem destruir a camada lipídica superficial da pele, produzindo um excesso de secura, que pode piorar o quadro da rosácea e vermelhidão.
O ideal é que você converse com o seu dermatologista sobre o desenvolvimento de um sabonete manipulado específico para o seu caso: o ideal é que tenham o pH mais ácido ou que seja um gel de limpeza sem enxágue.
Como a pele com rosácea é sensível e tem uma tendência a ficar mais seca, a hidratação é um passo fundamental. O ideal é que você use um hidratante manipulado que contenha alfa bisabolol, vitamina E e alantoína. Esta é uma combinação anti inflamatória, antioxidante, anti irritante e antimicrobiana.
O ácido azelaico juntamente com antibióticos também podem ser utilizados para tratar o quadro inflamatório. Ambas as opções podem ser manipuladas. Quando se trata de rosácea, uma condição que deixa a pele tão sensível, quanto mais personalizado o tratamento, maiores as chances de a pele não ficar irritada.
Para o rubor e vermelhidão a brimonidina pode ser utilizada. É um medicamento para glaucoma e funciona como colírio, mas também trata a vermelhidão em casos de rosácea.
Nos casos de rinofima, o paciente pode ser submetido ao uso de lasers, dermabrasão ou procedimento cirúrgico para excisão do tecido hiperplásico.
Em todo o caso, o uso do protetor solar deve ser mantido e deve-se evitar a exposição aos eventos desencadeantes da rosácea sempre que possível.
O tratamento para a rosácea ainda é um desafio, porque a pele pode rejeitar o tratamento, ficando irritada e vermelha. Por isso, é importante o acompanhamento médico constante e a disciplina com o uso dos produtos indicados.
Agora que você já sabe mais sobre rosácea, descubra quais são os tipos de cosméticos manipulados!
Biomédica pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Atuou, por dois anos, como analista clínica em laboratório de análises clínicas. Atualmente é agente de perícia criminal na Polícia Civil de Pernambuco: foi lotada por quatro anos no Instituto de Genética Forense e hoje trabalha no Instituto de Criminalística de Petrolina.