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30 de maio de 2023

A obesidade infantil vem aumentando de forma relevante, sendo considerada um problema de saúde pública porque traz consigo maiores riscos de que crianças acabem sofrendo com as complicações tanto na infância, quanto na fase adulta. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prevalência da obesidade infantil teve um crescimento de 10-40% em países europeus nos últimos dez anos.

Quando falamos do cenário nacional, segundo dados do Ministério da Educação, a obesidade infantil no Brasil acomete cerca de 9,4% das meninas e 12,4% dos meninos. 

IMC infantil: como saber quando o peso é considerado obesidade 

É preciso saber que existe uma diferença entre sobrepeso e obesidade infantil. O índice de massa corporal infantil (IMC infantil), que é calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado; e o DCT (medida da dobra cutânea do tríceps) são os métodos utilizados para definir os parâmetros. 

Confira abaixo os valores do IMC infantil: 

  • Baixo peso – IMC menor que 18,5 Kg/m².
  • Peso normal – IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m².
  • Sobrepeso – IMC entre 25 e 29,9 Kg/m².
  • Obesidade grau I – IMC entre 30 e 34,9 Kg/m².
  • Obesidade grau II – IMC entre 35 e 39,9 Kg/m².
  • Obesidade mórbida – IMC maior que 40 Kg/m².

Esses valores não são determinantes, mas são parâmetros que auxiliam o médico ou nutricionista no diagnóstico de sobrepeso ou obesidade. 

Não existe um peso ideal para cada idade da infância, mas fazer esses cálculos, levando em consideração outros fatores como idade, sexo, estilo de vida, altura, percentual e gordura e de massa magra ajudam a identificar casos ou potenciais casos de sobrepeso e obesidade durante essa fase da vida.

Quais são as principais causas da obesidade infantil?

A obesidade pode ser dividida em dois tipos: endógena, que ocorre em decorrência de alguma outra doença, como é o caso da síndrome metabólica; e exógena, quando é produto da ingestão calórica. 

A obesidade infantil exógena está relacionada principalmente ao estilo de vida da criança e da sua família. Os dois principais fatores que contribuem para a obesidade infantil exógena são os hábitos alimentares e o sedentarismo

O hábito de assistir televisão, jogar videogame e ficar no celular, quando em excesso, tende a fazer com que as crianças sejam sedentárias. Além de passarem menos tempo fazendo atividades que proporcionam maior gasto calórico, essas atividades fazem com que haja uma redução do metabolismo basal. 

Alguns estudos mostram que a prevalência de obesidade em crianças que assistem TV por uma hora ao dia é de 10%. Já entre crianças que passam de 3-5h diárias em frente a televisão, a prevalência de obesidade infantil é de cerca de 30%. 

Consequentemente, crianças com o estilo de vida sedentário têm maior propensão a se alimentarem mal. Existem vários fatores que influenciam nos hábitos alimentares: características psicológicas, compulsão alimentar, hábitos da família, consciência nutricional, preferências alimentares, valores sociais e culturais, dentre outros. 

Crianças obesas frequentemente têm problemas de autoestima e autoimagem. Por vezes, isso faz com que desenvolvam compulsão alimentar, o que piora a sua relação com a comida e agrava o quadro de obesidade e sobrepeso. 

Riscos da obesidade infantil à saúde e bem-estar da criança

Além dos problemas psicológicos, de autoestima e piora na relação consigo e com os outros, a obesidade infantil também pode trazer graves complicações à saúde física da criança. 

A obesidade é fator de risco para a dislipidemia, que acontece quando há um aumento do colesterol “ruim” e diminuição do colesterol “bom”, aumentando os riscos da criança desenvolver doenças cardiovasculares.

Isso porque o excesso de peso triplica o risco de desenvolvimento de diabetes. Além disso, a obesidade também é fator de risco para apneia do sono, hipertensão arterial, depressão, infarto, arritmias, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer. 

É possível tratar a obesidade infantil?

É totalmente possível tratar a obesidade em crianças, uma vez que o tratamento é feito, basicamente, com o remanejamento de hábitos e estilo de vida. Confira abaixo alguns passos que podem ajudar a reverter o quadro de excesso de peso.

Melhorias na alimentação 

Como se trata de crianças, a mudança de hábitos alimentares deve ser estimulada de forma inteligente e estratégica. É preciso reduzir a quantidade de alimentos industrializados, hipercalóricos e pouco nutritivos, estimulando a ingestão dos macronutrientes, alimentos menos calóricos e que aumentem a saciedade. 

Leia também: Como fazer o seu filho ter uma alimentação mais nutritiva

Os gostos e preferências das crianças devem ser levadas em consideração para que haja, de fato, aderência ao tratamento. Além disso, é importante que os pais também modifiquem os seus hábitos para, assim, incentivar os pequenos. 

Nas férias, como há mais tempo ocioso, é importante que os pais envolvam os filhos no preparo dos alimentos e redobrem o cuidado com o tipo de alimento que está sendo ingerido para evitar excessos de alimentos prejudiciais. 

Para saber mais sobre o cuidado da saúde das crianças nas férias, clique aqui

Prática de atividade física 

Da mesma forma que os hábitos alimentares são um ponto chave contra a obesidade em crianças, a prática de atividade física também deve ser estimulada de maneira inteligente. Geralmente, crianças se sentem mais estimuladas a praticar esportes em equipe, como futebol, vôlei, natação ou judô. 

Reduzir o tempo de telas e estimular brincadeiras ao ar livre também ajuda a melhorar o metabolismo basal, a evitar o desejo por comidas calóricas e a melhorar a ansiedade, que pode acabar gerando mais vontade de comer. 

Uso de fórmulas manipuladas 

As fórmulas manipuladas podem ser ótimas aliadas no tratamento da obesidade. Além de não serem tão agressivas como os medicamentos comuns, elas são produzidas de acordo com as necessidades da criança, características e limitações de cada criança.

Além disso, a maior vantagem desse tipo de “remédio” é que existem diversas formas farmacêuticas que aumentam a aderência da criança ao tratamento. Diversas farmácias de manipulação trabalham com remédios e suplementos em formato de chocolates, balas ou pirulitos, tornando a luta contra a obesidade muito mais prazerosa para os pequenos.

Entre as opções indicadas para esses casos estão os suplementos que ajudam a fornecer energia, o que é ótimo para estimular a prática de atividades físicas. Outra opção são os manipulados que aumentam a saciedade das crianças e diminuem a vontade de ingerir açúcar.

Além disso, com a obesidade, a absorção de alguns nutrientes fica prejudicada, como é o caso da vitamina D, que é essencial para a formação e desenvolvimento de ossos, dentes e massa, resistência e força muscular. 

Se você é pai ou mãe de uma criança que sofre com a obesidade infantil, vale a pena agendar uma consulta com o pediatra para entender a possibilidade de usar as fórmulas manipuladas como suas aliadas. Aqui na Manipulaê, manipulamos todos os tipos de medicamentos de forma totalmente segura e online. Conte conosco!

Andressa Santana
CRBM : 5749 - 2ª Região

Biomédica pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Atuou, por dois anos, como analista clínica em laboratório de análises clínicas. Atualmente é agente de perícia criminal na Polícia Civil de Pernambuco: foi lotada por quatro anos no Instituto de Genética Forense e hoje trabalha no Instituto de Criminalística de Petrolina.

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