A losartana potássica é um medicamento que pertence a uma classe de fármacos chamados de bloqueadores ou antagonistas dos receptores da angiotensina II. Em geral, esse medicamento não apresenta efeitos adversos.
No entanto, em um determinado momento, a Anvisa solicitou a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos contendo esse princípio ativo. Essa medida preventiva foi tomada devido à presença de uma impureza em concentração acima do limite de segurança aceitável.
Após o recolhimento, as fabricantes foram obrigadas a revisar o processo de fabricação desse medicamento, e o problema com alguns lotes foi resolvido. Continue lendo para saber mais sobre a losartana.
A losartana é utilizada como monoterapia no tratamento da pressão alta (hipertensão). A angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que provoca o estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial. A losartana bloqueia os receptores da angiotensina II, impedindo sua ação e, consequentemente, relaxando os vasos sanguíneos, o que resulta na diminuição da resistência vascular e na redução da pressão arterial.
Além de ser um remédio para pressão alta, a losartana também pode ser utilizada para tratar o coração, especialmente em pacientes que não toleram os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) devido aos efeitos colaterais.
Também pode ser prescrita para reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e para casos de enfraquecimento da função cardíaca após um ataque cardíaco. É importante ressaltar que a losartana é um medicamento e seu uso deve ser monitorado pelo médico e farmacêutico.
Apesar de ser bem tolerada por seus pacientes, algumas podem apresentar os seguintes desconfortos ao fazer o uso da losartana:
A impureza encontrada em alguns lotes que a Anvisa determinou o recolhimento é uma substância que pode surgir durante o processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo e que tem potencial mutagênico, ou seja, pode causar alterações capazes de danificar as células humanas.
No entanto, até o momento, não há nenhum estudo ou dados divulgados que comprovem a ligação do medicamento losartana com a incidência de câncer em pacientes.
A dosagem inicial e de manutenção recomendada de losartana potássica em monoterapia em pacientes com hipertensão é de 50 mg uma vez ao dia. A dose diária máxima recomendada é de 100 mg, que pode ser administrada diariamente em dose única ou em duas doses de 50 mg.
Além disso, a losartana pode ser administrada com ou sem alimentos, e em pacientes com alto risco de hipotensão, a dose inicial deve ser de 25mg. Nenhum ajuste de dose é necessário para idosos ou pacientes com insuficiência renal.
O medicamento não é recomendado para uso em gestantes e pacientes com função hepática prejudicada ou em uso de medicamento à base de alisquireno por pacientes com diabetes.
Para pacientes com hipertensão, também não podemos esquecer dos benefícios de incluir na sua rotina as atividades físicas aeróbicas regulares, redução da ingestão de sal, redução do consumo de álcool, aumento do consumo de frutas e hortaliças e redução de peso na presença de obesidade ou sobrepeso.
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De acordo com as diretrizes para hipertensão, o tratamento inicial para pacientes com pressão alta é a utilização da Losartana, mas, em casos de não atingir uma meta satisfatória de pressão, esse princípio ativo pode ser combinado com um anti-hipertensivo diurético como, por exemplo, a hidroclorotiazida, podendo ser manipulado em fórmulas personalizadas para cada paciente.
Além disso, a própria Losartana pode ser manipulada em dosagens específicas para o seu caso. De qualquer forma, é sempre importante lembrar que é fundamental agendar a consulta com um especialista para entender qual é o melhor tratamento para o seu caso, obtendo também o acompanhamento médico necessário para você.
Farmacêutica com pós graduação em farmácia clínica oncológica e farmácia clínica com ênfase em acompanhamento farmacoterapêutico (GTM - PW e Dader). Amplo conhecimento em farmácia clínica hospitalar (Experiência em hospitais de grande porte em SP). Monitora acadêmica desde 2022 na instituição Racine.