A gripe sem dúvida é uma das doenças mais persistentes devido à alta capacidade de recombinação do material genético do vírus. É uma das doenças mais difíceis de serem entendidas pelos pesquisadores, desde a gripe espanhola que foi avassaladora, o mundo depara-se com este tipo de ameaça, basta uma mutação para uma cepa mudar de nível em hospedeiro e gerar uma pandemia.
Pertencente à família Orthomyxoviridae possui RNA, ou seja é um retrovírus de cadeia negativa e envelopados.
Que são divididos em três tipos: A, B e C
Possuem em suas superfícies de envelope glicoproteínas chamadas de hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) que caracterizam a patogênese viral, sendo, os principais componentes que irão desencadear o reconhecimento pelos anticorpos que neutralizam e combatem a atuação do vírus.
Os subtipos HA e NA são conhecidos pelas suas nomenclaturas que vão do H1 ao H16 e N1 ao N9 como o H1N1, por exemplo.
Os vírus são capazes de produzir rearranjos em seus materiais genéticos gerando mutações.
São dois tipos principais:
O primeiro processo é conhecido como deriva antigênica e gera uma estrutura mutante composta por acúmulo de mutações ao longo do tempo. Que formam novas cepas distinguíveis entre si, acontece com certa frequência no Influenza.
Já a mudança antigênica, trata-se de antígenos de estirpes diferentes de vírus misturadas em um novo vírus, o rearranjo formado faz um vírus ser letal pois ele torna-se capaz de atingir uma população nova que nunca esteve em contato com ele e não possui nenhum tipo de imunidade, causando uma devastação em massa.
Os remédios disponíveis hoje em dia, os antigripais, ajudam o corpo a não sentir as consequências da infecção enquanto as células do sistema imunológico trabalham. Eles atenuam os sintomas que o vírus causa, podemos citar como exemplo sintomas como:
Existem muitos antigripais em várias formas: comprimidos, gotas, pastilhas e xaropes. Para a maioria não é necessário possuir uma receita médica.
São eles:
Para dor de cabeça: analgésicos e antitérmicos como o paracetamol e dipirona.
Para a tosse: xarope de acetilcisteína e ambroxol.
Anti-inflamatórios como: nimesulida e o diclofenaco sódico.
Congestão nasal: cloridrato de fenilefrina.
Antialérgicos: Loratadina, Maleato de Dexclorfeniramina.
Suplementos com vitamina C aumentam a resposta imune e são um ótimo aliado para combater a gripe.
Muitos remédios possuem esses ativos combinados.
Chás quentes para tosse, feitos com limão, alho, gengibre e mel possuem princípios naturais anti-inflamatórios que acalmam a garganta e ajudam o sistema imunológico.
A gripe costuma passar em até 10 dias, não existe um remédio ou um tratamento que destrua o vírus, apenas antivirais que diminuem a sua replicação, mas, até o momento, deve-se ponderar o uso devido aos efeitos adversos causados. Para casos mais graves é necessário consultar um médico para uma melhor avaliação do paciente.
A melhor forma de prevenir a gripe é manter a vacinação atualizada, estar imunologicamente preparado para uma possível infecção é possível através das vacinas. O corpo “aprende” a reconhecer o vírus e se torna preparado para o próximo encontro.
Em adultos as vacinas da gripe atingem mais de 65% em eficiência de proteção total.
Crianças a partir de 6 meses de idade podem se vacinar.
A vacina contém como principal componente a proteína HA do vírus. Sua quantidade é proporcional à imunização que oferece e é padronizada por inúmeros testes laboratoriais que trabalham para melhorar a fórmula. Além dessa proteína, a vacina também é composta pelo adjuvante que ajuda na absorção do antígeno pelas células promotoras de citocinas.
A vacina universal para a gripe continua em desenvolvimento, pesquisadores buscam como alvo regiões HA virais que não sofram mudanças e sejam comuns em diversas cepas, contudo, pesquisas recentes demonstram que essas regiões usadas como epítopos não possuem um efeito de imunização suficiente.
Devemos lembrar sempre que para prevenir a gripe é necessário lavar bem as mãos com água e sabão e o uso do álcool continuamente para mantê-las limpas. Evitar ambientes fechados, fazer uso de máscaras, ainda que não obrigatórias, mas, quando estiver tossindo e espirrando para evitar contaminar outras pessoas.
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Biomédica habilitada em Análises Clínicas, Pós Graduada em Auditoria dos Serviços da Saúde, mestranda no Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Unifesp. Atualmente trabalha nas pesquisas do BEST- Laboratório de Biologia do Estresse.