Quando o assunto é antibióticos, é necessário ser extremamente cauteloso. Apesar de muitas pessoas acreditarem que essa categoria de medicamentos é a mais efetiva quando se trata de qualquer tipo de doença mais persistente, essa é uma informação equivocada que pode levar a práticas perigosas.
O uso inadequado de antibióticos pode acarretar graves problemas de saúdepara o indivíduo e até mesmo para a sociedade como um todo. Logo, se o uso inapropriado de remédios pode ser problemático, em uma gestação, os riscos associados ao mau uso de antibióticos podem implicar em ainda mais consequências – tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Gestar um bebê é um acontecimento muito marcante para o organismo de uma pessoa. Durante vários meses, diversas mudanças acontecem no corpo.
Há uma quantidade maior de hormônios circulando. O fluxo sanguíneo aumenta em aproximadamente 50%. As paredes dos órgãos dos sistemas digestivos amolecem, fazendo com que uma maior quantidade de líquidos se acumulem em toda a parede do estômago. O volume do útero deixa de ser de 90cm3 e passa a ter 1 mil cm3, entre outras alterações.
Considerando que qualquer mudança brusca pode ser um fator de estresse para o organismo, a gestação é vista como um fenômeno de grande impacto para o corpo. Consequentemente, é necessário cautela na hora de ingerir qualquer substância.
De acordo com o Instituto de Práticas Seguras no Uso de Medicamentos, é recomendado que mulheres gestantes façam algumas perguntas aos profissionais de saúde antes de ingerir medicamentos:
Se você quer estar preparada antes de ir a uma consulta, entenda abaixo como os antibióticos funcionam e sua influência na gravidez.
Os antibióticos existem para tratar doenças causadas por bactérias – ou seja, não são capazes de tratar doenças causadas por vírus, como gripes e resfriados. Uma bactéria causa doenças a partir da transmissão por meio de pequenas partículas de saliva ou espirro, bem como pelo toque.
Em seguida, elas reivindicam um lugar no organismo para a colonização e então, vem a etapa de multiplicar-se para invadir uma nova área do organismo ou ir diretamente para o ataque de algum tecido. Após danificar o local onde se instalou, os sintomas da doença por bactéria começam a se manifestar.
Algumas das doenças causadas por bactérias são as infecções urinárias, pneumonia, tuberculose, tétano, gonorreia, sífilis, clamídia, meningite bacteriana, entre outras. Nesses casos, os sintomas mais comuns são febre, dor no corpo, cansaço e náuseas. Em situações mais específicas, podem manifestar também sintomas de tosse, espirros e vômito.
Para tratar tais condições, os médicos podem indicar alguns tipos de antibióticos, como as penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e tetraciclinas. No entanto, tetraciclinas podem ser prejudiciais durante a gestação.
Para uma gestante, o uso inadequado de antibióticos pode levar a diversos danos na saúde do bebê. A depender da substância e dosagem utilizada, o medicamento pode causar doenças cardíacas, surdez, nascimento prematuro, anomalias no feto, um aborto espontâneo ou até morte perinatal (recém-nascido).
Os antibióticos de tipo tetraciclina, por exemplo, são os mais conhecidos quando o assunto é malformação do feto. Os efeitos dessas substâncias são vistos principalmente nos ossos do bebê e, se elas forem ingeridas no final da gravidez, os dentes da criança podem ficar permanentemente manchados.
Outros antimicrobianos que podem pôr a vida do feto em risco são os de tipo macrolídeos, quinolonas, sulfonamidas, além do metronidazol.
Embora haja uma lista de tamanho considerável, não são todos os medicamentos que oferecem esses riscos. Através da classificação ABCDX, é possível estimar o quão perigoso um medicamento é para a saúde da gestante e seu bebê. Essas cinco categorias de remédios foram reavaliadas pelos cientistas Yankowitz e Nieby em 2001, indicando que:
Vale lembrar que uma mulher grávida não está totalmente desamparada caso precise de medicação para tratar infecções urinárias ou outros quadros de saúde que podem acontecer na gravidez.
Para uma gestante, a amoxicilina, a penicilina e a ampicilina costumam ser alternativas mais seguras. Mesmo assim, a depender da condição – e se for a recomendação do médico – tomar um medicamento que apresente algum risco ainda pode ser mais seguro para o bebê do que não tomar medicamento nenhum.
Neste caso, o que ajuda a tornar o uso de antibióticos mais seguro é utilizar doses personalizadas. Você pode encomendar antibiótico ‘personalizado’ em farmácias de manipulação, a partir de uma receita prescrita pelo seu médico de confiança
Outra alternativa para a gestante, pensado para a prevenção de infecções urinárias, é recorrer ao cranberry, que é um ativo fitoterápico. Com ele, é possível ajudar o corpo a eliminar microrganismos patogênicos sem efeitos colaterais de grande impacto. O cranberry também pode ser encontrado sob o nome de berberina e é extraído das ervas Phellodendron chinense e Rhizoma coptidis.
Na Manipulaê, a primeira rede de farmácias de manipulação 100% digital, você pode enviar a sua receita e receber seus manipulados sem sair de casa. Isso quer dizer que, além de ter doses personalizadas e acesso a ativos diferenciados, você também pode combinar o cranberry com o ácido fólico, um importante suplemento para gestantes.
Segundo a reportagem “Resistência a antibióticos: setor cria estratégias para contornar esse desafio de saúde pública”, do portal Futuro da Saúde, é comum que as pessoas anseiem por antibióticos devido a uma falsa ilusão de acolhimento e rapidez no tratamento.
Na verdade, tomar antibióticos deliberadamente pode tornar seu organismo resistente aos medicamentos. Isso porque temos a falsa impressão de que, quando tomamos esses remédios, o corpo elimina todas as bactérias invasoras. Entretanto, uma vez infectado, sempre haverá algumas bactérias no seu corpo.
Assim, se o medicamento não é tomado de forma apropriada, as bactérias encontram brechas para mutar e tornarem-se super-resistentes.
Como consequência, quando realmente for necessário tratar uma doença bacteriana, os remédios podem não mais fazer efeito ou pode ser necessário entrar com uma substância mais forte.
Nos Estados Unidos, por exemplo, um estudo de meta-análise estima que ao menos 6% dos pacientes tenham sofrido danos evitáveis causados por erros médicos – sendo essa a terceira maior causa de morte no país. Desse percentual, ao menos 12% foram danos graves ou fatais. Além disso, desse percentual de falhas, pelo menos 25% estavam associadas a medicamentos.
Para um uso saudável de antibióticos – seja em uma gestação ou não – o Ministério da Saúde indica partir dos seguintes princípios:
Por fim, vale ressaltar que nenhum antibiótico ou medicamento deve ser ingerido sem prescrição médica, especialmente durante a gestação.
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