farmácia de manipulação
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Tempo de leitura: 4 minutos
17 de outubro de 2023

Efeito sanfona é o nome dado às oscilações de peso que um indivíduo sofre, geralmente por conta de dietas restritivas e episódios de compulsão alimentar. 

Na tentativa de alcançar o emagrecimento de forma imediata, as pessoas acabam recorrendo às dietas extremamente restritivas e insustentáveis a longo prazo. De fato, emagrecem, contudo, com o tempo, acabam recuperando os quilos perdidos. 

Nesse processo, a saúde acaba sofrendo: há consequências não apenas no corpo físico, mas também na saúde mental. Entenda abaixo o que causa o efeito sanfona e como é possível perder peso sem enfrentar essas oscilações.

O que causa o efeito sanfona? 

O desejo por alcançar o emagrecimento de forma imediata é a principal causa do efeito sanfona. 

Isso porque, nessa obsessão, o indivíduo acaba lançando mão de estratégias de emagrecimento nada saudáveis: dietas restritivas, insustentáveis a longo prazo e prática de exercícios físicos de forma exagerada e desordenada, muitas vezes sem acompanhamento de um profissional. 

As dietas restritivas fazem com que o indivíduo alimente-se apenas de determinado grupo alimentar. Esse comportamento, além de trazer algumas carências nutricionais, pode causar também ansiedade, o que pode desencadear, em um curto período de tempo, compulsão alimentar

Além disso, em momentos de escassez, o nosso corpo tende a armazenar gordura. Assim, ao seguir uma dieta restritiva, o nosso corpo se vale de alguns mecanismos que se programam para ganhar peso novamente, após o emagrecimento. 

Como são difíceis de serem seguidas e mantidas, em um curto prazo, o indivíduo acaba retomando os hábitos alimentares antigos e, consequentemente, ganhando peso novamente.

Esses ciclos frequentes de perda e ganho de peso constituem o efeito sanfona. 

Impactos na saúde do corpo e mental 

Esses processos de perda e ganho de peso podem trazer graves problemas para a saúde física e mental, além de algumas consequências estéticas. 

No que se refere à estética, o efeito sanfona pode causar estrias, flacidez, além de celulites, já que aumenta a inflamação do corpo. 

As oscilações de peso e mudanças repentinas de hábitos alimentares também causam uma grande disfunção hormonal, principalmente os hormônios ligados ao comportamento alimentar, como é o caso da insulina e leptina, por exemplo. 

Isso gera alguns impactos no bom funcionamento do corpo e aumenta o risco de algumas doenças, principalmente as síndromes metabólicas, que são um conjunto de fatores que contribuem para o surgimento de diversas outras patologias. 

Dentre esses fatores, podemos citar: hipertensão, aumento da glicemia, aumento do colesterol e excesso de gordura abdominal. 

O efeito sanfona também prejudica a composição corporal: em médio prazo, o indivíduo acaba por acumular gordura e perder muita massa muscular, que é essencial para a autonomia e longevidade. 

O acúmulo de gordura gerado pelo efeito sanfona também aumenta o estado inflamatório do corpo, o que constitui fator de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio, por exemplo. 

Todas essas consequências podem trazer ainda alguns danos à saúde emocional: ansiedade, frustração, oscilações de humor e depressão, além de problemas de autoestima e até mesmo bulimia ou anorexia. 

É possível retomar o peso depois de passar pelo efeito sanfona? 

Apesar de todos os malefícios causados, o efeito sanfona pode ser revertido por meio de hábitos realmente saudáveis e sustentáveis a longo prazo. Assim, o indivíduo recupera a saúde e pode alcançar um emagrecimento de forma saudável, estável e possível de manter.

Para isso, o ideal é procurar a ajuda de um médico, nutricionista, profissional de educação física, além de um terapeuta para ajudar a lidar com as questões emocionais e psicológicas. 

Com uma equipe multidisciplinar, hábitos saudáveis e planejamento a longo prazo, é possível emagrecer com saúde. 

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Como evitar o efeito sanfona? 

Para evitar o efeito sanfona é preciso mudar a mentalidade em relação ao emagrecimento: ele precisa ser saudável, sustentável, com esforço, porém sem sacrificar a saúde e sem se valer de métodos “milagrosos” e que prometem resultados instantâneos. 

É preciso também ter uma relação saudável com a comida, a fim de evitar hábitos compulsivos e prejudiciais. Para isso, em muitos casos, a ajuda de um psicólogo é fundamental. 

Afinal, como emagrecer com saúde?

O emagrecimento saudável promove a perda de gordura, ganho ou manutenção de massa magra, além de proporcionar as necessidades nutricionais de cada fase da vida. 

Para que isso aconteça, a dieta deve ser variada, nutritiva e não restritiva. Além disso, deve-se procurar também praticar exercícios físicos de forma intensa e constante, de acordo com cada objetivo. 

Avaliações médicas e exames laboratoriais para o acompanhamento da evolução da saúde do paciente também se faz necessário. 

Além disso, o emocional precisa estar estabilizado, e estresse minimizado para que o organismo se adapte da melhor forma e para que o fator tempo também faça a sua parte. 

Neste período, você pode utilizar alguns recursos ergogênicos que, aliados à alimentação saudável e prática de exercícios físicos, tendem a potencializar os resultados. 

Esses recursos ergogênicos podem ser suplementos alimentares, como whey protein, creatina, albumina, BCAA, multivitamínicos, pré treino, ômega-3, probióticos e outros que podem auxiliar no processo de emagrecimento saudável. 

Esses recursos podem ser também desenvolvidos de forma personalizada, de acordo com o seu caso, objetivo e necessidades, em uma farmácia de manipulação

Além de ter um produto nas doses e composições ideais para você, há a possibilidade de a forma de apresentação ser do jeito que você prefere. Por exemplo, caso tenha dificuldades de tomar creatina em pó, você pode ter acesso a uma creatina em gomas. 

Em todo o caso, não deixe de procurar ajuda profissional de saúde capacitada, consciente e responsável.

Andressa Santana
CRBM : 5749 - 2ª Região

Biomédica pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Atuou, por dois anos, como analista clínica em laboratório de análises clínicas. Atualmente é agente de perícia criminal na Polícia Civil de Pernambuco: foi lotada por quatro anos no Instituto de Genética Forense e hoje trabalha no Instituto de Criminalística de Petrolina.

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