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9 de maio de 2023

Constipação é o mesmo que prisão de ventre - condição que ocorre quando existe muito esforço para ir ao banheiro ou a sensação de não ter sido completa a evacuação. Para tratar o problema, é preciso fazer com que o intestino preguiçoso passe a funcionar melhor. 

Na constipação, os movimentos intestinais (chamados de peristálticos) ocorrem pouco, e o intestino produz fezes duras e irregulares. Esse problema é comum e muito conhecido.

Muitas vezes, a falta de ingestão de água e de fibras torna o intestino preguiçoso, pois essa combinação é o que gera o bolo fecal que causa peso e volume no intestino, órgão que “entende” a necessidade de evacuação e estimula o peristaltismo. 

Se não tratada, a constipação pode trazer complicações como a hemorroida, portanto, é sempre necessário buscar meios para resolver o problema.

O que causa constipação intestinal 

A falta de ingestão de fibras, a diminuição da atividade física, o estresse e o uso do banheiro em ambientes desconhecidos (como quando estamos em viagem e o intestino fica “travado”), são fatores que levam o paciente a sofrer com a prisão de ventre. A constipação pode ser:

Aguda, que é quando ocorrem os sintomas no período de uma semana, e depois voltam ao habitual; ou 

Crônica, que é quando os mesmos sintomas persistem por três meses.

Os sintomas podem aparecer em pessoas que mudam seus hábitos alimentares ou até mesmo seu estilo de vida - como, por exemplo, quando o paciente vai ficando mais sedentário ou faz alterações na sua dieta, por exemplo.

A constipação também  pode ocorrer devido ao tratamento com algum remédio, como por exemplo os opióides, que tem o efeito colateral de travar o intestino. Nestes casos, o agravamento da constipação ocorre ao iniciar, alterar ou aumentar a terapia com opióides.

Como é feito o diagnóstico de constipação

A avaliação da constipação crônica segue os mesmos protocolos que as avaliações de outras doenças gastrointestinais de origem orgânica, como câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal.

 

Para se excluir outros diagnósticos de maneira criteriosa, o processo envolve fazer uma investigação clínica completa, realizar exames gastrointestinais e solicitar exames laboratoriais básicos.

Quais são os sintomas da prisão de ventre

Apesar de ser caracterizada por um sintoma principal, que é a dificuldade para evacuar, a constipação também costuma vir acompanhada de sintomas como:

  • Dores abdominais;
  • Fezes irregulares ou duras;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Sensação de obstrução/bloqueio anorretal.

Alimentos que soltam o intestino 

A constipação é uma doença que está diretamente ligada à alimentação do paciente e, por isso, uma das primeiras formas de tentar driblar o problema é fazendo ajustes na dieta. Para isso, alimentos em fibra são indispensáveis, pois servem para aumentar as propriedades de retenção de água das fezes. Outros alimentos para quem tem intestino preso são:

  • Frutas ricas em fibras:  mamão, manga, laranja. 
  • Farinhas integrais e cereais: aveia, arroz integral, quinoa, centeio e farinha de trigo integral.
  • Iogurtes e probióticos: kefir, Latobacillus lactis.
  • Legumes: abóbora, abobrinha, chuchu.
  • Leguminosas: feijão, lentilhas, grão de bico.

Leia também: A função dos probióticos para regular o seu intestino

Além da alimentação, existem alguns chás que ajudam a soltar o intestino:

  • Erva doce;
  • Espinheira santa;
  • Dente-de-leão;
  • Raiz de bardana;
  • Cáscara sagrada.

Remédios para prisão de ventre

Para o tratamento da prisão de ventre, as medidas devem ser tomadas de maneira lógica e gradual, incluindo o estabelecimento de medidas simples, seguidas, conforme o caso, de terapia medicamentosa. Muito raramente é necessária intervenção cirúrgica.

Alguns laxantes, como a aloína e o biointestil, são muito comuns  pois são baratos  e também apresentam um resultado rápido.  

Além de medicamentos, alimentos e chás, modificações básicas no estilo de vida e na dieta são necessárias para aliviar os sintomas da constipação. Também é muito importante aumentar a ingestão de líquidos.

Estudos recentes em pacientes com constipação crônica constataram que os pacientes que aumentaram o consumo de água para  2 litros por dia tiveram maior frequência de evacuação em comparação com pacientes que fizeram ingestão de líquidos menor que 1 litro por dia. 

Praticar atividades físicas também é altamente recomendado para o alívio da constipação por aumentar os movimentos intestinais, ainda que seja uma caminhada de 20 minutos  por dia, o importante é manter-se  saudável.

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A suplementação da dieta com fibras e manipulados é outra alternativa muito indicada por profissionais da saúde. A espinheira santa é uma ótima opção porque, além de ajudar com a prisão de ventre, ela trata gastrites e úlceras.

Se você sofre com constipação, vale a pena conversar com o seu médico (coloproctologista) sobre a possibilidade de incluir as fórmulas manipuladas no seu tratamento. Elas são totalmente personalizadas para as suas necessidades, são seguras e, em muitos casos, mais eficazes do que os medicamentos comercializados em farmácia.

Fabíola Tavares Lemos
CRBM: 35430

Biomédica habilitada em Análises Clínicas, Pós Graduada em Auditoria dos Serviços da Saúde, mestranda no Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Unifesp. Atualmente trabalha nas pesquisas do BEST- Laboratório de Biologia do Estresse.

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