farmácia de manipulação
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28 de setembro de 2023

O tratamento psiquiátrico passou por diversas mudanças ao longo da história. De certa forma, hoje muito se fala sobre a importância de cuidados com a saúde mental e o tratamento respeitoso com pacientes com questões psicológicas, mas isso só foi possível graças às evoluções no campo social.

Ainda assim, segundo um levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) , 71% dos pacientes com psicose no mundo não recebem tratamento adequado. Neste artigo, falaremos sobre os principais pontos que moldaram a forma como tratamos desse assunto nos dias de hoje, abordando também quais são os tratamentos mais recomendados pelos médicos.

Algumas das principais mudanças no tratamento psiquiátrico 

Ao longo dos anos, muitos personagens importantes buscaram entender mais sobre o funcionamento do cérebro e passaram a olhar para os pacientes de forma humanizada. 

Mesmo tendo acontecido de maneira gradual e lenta, as conquistas sociais que listamos abaixo foram fundamentais para que a saúde mental fosse levada a sério na mesma proporção que a saúde do corpo. Continue a leitura e saiba mais sobre cada uma delas.

Surgimento do primeiro CAPS

A forma como hospitais psiquiátricos tratavam os pacientes se tornou alvo de muitas críticas e pautou a necessidade da criação de uma sociedade sem manicômios.

Durante o Segundo Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, foi lançado um documento que marcou um capítulo fundamental do tratamento psiquiátrico no Brasil, o Manifesto Bauru.

O manifesto buscava direitos para a população que estava à margem e precisava de tratamentos psicológicos. Simultaneamente, foi aberto, em São Paulo, o primeiro CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) do Brasil.

Promulgação da Constituição Federal

A promulgação da Constituição Federal foi uma das grandes responsáveis pelo fim dos manicômios brasileiros. Isso aconteceu no ano de 1988, muito por causa da grande mobilização popular a favor da atenção com questões de saúde mental.

Um dos avanços mais importantes foi a garantia de direitos para as seguintes populações:

  • Mulheres;
  • Crianças;
  • Adolescentes;
  • Povos indígenas;
  • População carcerária.

Validação das leis de implementação do Sistema Único de Saúde e do Estatuto da Criança e do Adolescente e Declaração de Caracas

Através da Carta Magna brasileira, regras legais foram instituídas para o Estado Brasileiro garantir os direitos da população. Um dos grandes avanços na época foi o SUS (Sistema Único de Saúde), pela Lei n. 8.069/1990.

Nesta mesma época, a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a OMS permitiram a mudança de formato da atenção psiquiátrica na América Latina, alterando a política dos serviços para saúde mental. Esse documento ficou conhecido como Declaração de Caracas.

Lei da Reforma Psiquiátrica

As leis que formam a Reforma Psiquiátrica levaram 12 anos (tempo que passou tramitando no Congresso) até serem aprovadas em 6 de abril de 2001 (lei n. 10.216), também conhecida como Lei Paulo Delgado.

Esse conjunto de regras estabelece os direitos das pessoas com transtornos psicológicos, normas de proteção e como essas situações devem ser conduzidas.

A Lei impulsionou a transição do modelo de atenção à saúde mental no Brasil, fazendo com que a rede de serviços comunitários para essas questões fosse ampliada.

Criação dos núcleos de apoio à Saúde da Família

Criados em 2008, os Núcleos de Apoio à Família são instituições que reúnem profissionais de áreas diversas, como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e psiquiatras.

Esses núcleos servem para acolher pacientes que precisam de apoio médico para questões relacionadas a transtornos psicológicos.

Novas perspectivas sobre os cuidados com a saúde mental

As mudanças citadas acima são alguns marcos que tornaram o tratamento psiquiátrico mais humanizado, focando na reintegração social do paciente, ao invés de basear o “cuidado”, em internações prolongadas e forçadas.

Uma das técnicas de tratamento psiquiátrico é integrar atividades recreativas no processo, fazendo com que o paciente desenvolva habilidades sociais por meio de atividades que sejam de seu interesse.

O uso de medicamentos também é uma forma de ajudar na estabilização de pacientes; claro, a escolha do que deve ser usado depende do problema e da gravidade dentro do contexto apresentado por cada paciente.

Conheça as 5 classes de remédios psiquiátricos mais usada no tratamento de pacientes

Existem muitos remédios que podem ser utilizados em um tratamento contra problemas psiquiátricos. Abaixo, listamos alguns deles, mas é importante lembrar que nossa intenção não é fazer nenhuma recomendação, mas sim falar sobre as classes mais prescritas e como elas funcionam. Confira:

Ansiolíticos

Classe de medicamento usada para controlar sintomas de ansiedade, fazendo com que o paciente se acalme e que os eventos pareçam em velocidade “normal”. Alguns nomes mais comuns são o lorazepam e diazepam.

Antipsicóticos

Essa classe de remédios é usada para controlar sintomas de delírios e alucinações, impedindo que o paciente faça desassociação da realidade. Os nomes mais conhecidos são os remédios olanzapina, risperidona e o haloperidol.

Estabilizadores de humor

Estabilizadores de humor servem para tratar de pacientes que passam por mudanças de sensações emocionais de forma muito abrupta, como pacientes com bipolaridade. 

Este medicamento é muito usado para controlar sintomas de manias e depressão, e os nomes mais conhecidos são lítio e o ácido valpróico.

Antidepressivo

Medicamentos usados por pacientes que buscam tratar sintomas de depressão estabilizando a química no cérebro.

Sedativos 

Esse tipo de medicamento é usado para controlar a agitação de pacientes em tratamento psiquiátrico, ajudando a induzir ao relaxamento e fazendo com que durmam com mais facilidade.

Manipulados

Outra forma de tratar pacientes com problemas psiquiátricos é usando remédios manipulados. O termo “manipulado” se refere ao processo de preparação do medicamento, que é feito de forma individual por farmacêuticos capacitados que se baseiam na receita prescrita por um profissional da saúde - neste caso, os psiquiatras. 

Os manipulados psiquiátricos são totalmente seguros e utilizam os mesmo ativos que os remédios encontrados em farmácias comuns, com a diferença de que as dosagens são personalizadas para cada paciente.

Na Manipulaê, a produção desse tipo de medicamento é supervisionada por farmacêuticos especializados, que fazem uma tripla conferência antes de enviarem os manipulados para o paciente. Para saber mais sobre essa forma de tratamento, entre em contato e esclareça suas dúvidas.

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Manipulaê
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