farmácia de manipulação
farmácia de manipulação
Tempo de leitura: 5 minutos
20 de julho de 2023

A Inteligência Artificial (IA) ganhou os holofotes dos noticiários e das redes sociais quando foi divulgada, em 2023, a existência do “Chat GPT”, desenvolvido pela empresa OpenAI. Desde então, só se fala em todas as possibilidades de conhecimentos que podem ser extraídas utilizando o chat de inteligência artificial.

Em reportagem do TILT, o caderno de tecnologia do UOL, a companhia Bain & Company demonstrou como seria a relação das pessoas com as farmácias, no caso de uma parceria da empresa com a OpenAI.

Nessa matéria, o jornalista Guilherme Tagiarolli exemplifica com a seguinte situação: "Estou de ressaca. Tem algo de efeito rápido aí pra mim?". A partir da pergunta [feita para o aplicativo ChatGPT], o sistema de chatbot responde com uma lista de remédios para curar os efeitos pós-bebedeira. Assim que confirmado, o pedido chega na casa do cliente em até duas horas”.

No entanto, usar essa tecnologia exige muito cuidado. Isso porque, apesar de a resposta ser rápida e bem elaborada, essa ferramenta não está livre de erros.

Na verdade, para o segmento de farmácia, a inteligência artificial pode trazer tanto pontos para se aproveitar, quanto para se preocupar. Entenda quais são no texto abaixo.

ChatGPT e os erros em farmacêutica

Em um artigo para o ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial), o que tudo indica é que em “grande parte das vezes, as informações são confiáveis, mas não 100%, especialmente na área de Farmácia”. Pelo menos é o que afirmou Marcelo Polacow, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).

Ainda segundo o especialista, os chats de inteligência artificial possuem algumas inconsistências. Apesar de, na visão de Polacow, elas serem equivalentes a 0,001% do todo, não extingue os perigos no uso dessa tecnologia.

Isso porque, na área da Saúde, as informações são sempre recheadas de poréns. Dessa forma, para um indivíduo que não acompanha esse campo de estudo, essa quantidade de falhas pode ser suficiente para pôr a saúde das pessoas em risco, devido aos entendimentos equivocados.

Agora, você sabe o que tudo isso significa para uma farmácia de manipulação?

Relação entre farmácia de manipulação e inteligência artificial

Para os profissionais de farmácia, o ChatGPT pode ser realmente útil. Para o ICTQ, Marcelo Polacow explicou que a plataforma permite ao farmacêutico:

  • Procurar sobre interações medicamentosas;
  • Verificar indicações de uso e contraindicações;
  • Associar doenças com medicamentos;
  • Descobrir a dosagem apropriada para remédios;
  • Obter protocolos clínicos de uso de medicamentos;
  • Entre outras possibilidades.

Assim sendo, os chatbots e demais ferramentas baseadas em Inteligência Artificial podem ajudar a acelerar o trabalho de pessoas que já conhecem o setor.

Nos laboratórios da Manipulaê, a primeira rede de farmácias de manipulação 100% online, os profissionais possuem pleno conhecimento de como usar as novas tecnologias de forma ética e segura. Além disso, nossa rede conta com sua própria inteligência artificial, desenvolvida para precificar as fórmulas contidas na receita enviada pelo cliente, permitindo que ele receba um orçamento descomplicado em apenas alguns minutos.

A Inteligência Artificial no desenvolvimento de medicamentos

Uma das melhores coisas que a inteligência artificial pode oferecer ao mundo é a possibilidade de ajudar a desenvolver medicamentos com mais rapidez – sejam eles de manipulação ou não.

Isso porque, para desenvolver um medicamento, estima-se que sejam necessários pelo menos de 10 a 15 anos, além do investimento financeiro, que ultrapassa o valor de 1 bilhão de dólares para cada pesquisa.

Para reduzir essas quantidades, a inteligência artificial pode atuar em diversas etapas complexas. Uma das mais importantes é a de analisar componentes, a fim de avaliar qual deles é o mais provável de obter sucesso nos ensaios clínicos.

Mais especificamente, durante a fase pré-clínica – na qual os testes são somente com tubos de ensaios nos laboratórios –, a Inteligência Artificial atua com:

  • Análise de substâncias;
  • Análise de células;
  • Predição de propriedades e comportamentos físico-químicos de compostos;
  • Modelagem para estruturas moleculares;
  • Descobrir interações entre proteínas e substâncias.

Dessa forma, a inteligência artificial consegue ajudar os farmacêuticos a entender quais são as moléculas com maior potencial para serem estudadas a fundo. Além disso, o método de aprendizado-de-máquina (machine learning), permite a análise de uma grande quantidade de estruturas celulares de forma detalhada.

Outras das suas vantagens aparecem quando se trata de identificar e diferenciar imagens; um dos processos menos eficientes no desenvolvimento de medicamentos. As learning machines permitem a análise massiva de pequenas diferenças nas estruturas celulares a partir de imagens microscópicas.

Além disso, a IA não apenas facilita as primeiras fases do processo, como também traz agilidade na administração de medicamentos e no controle de qualidade.

Limitações do ChatGPT e demais IAs

Para quem não é da área da saúde ou tecnologia, os eletrônicos baseados em inteligência artificial parecem funcionar quase como mágica. Porém, apesar da sensação de que são capazes de tudo, as IAs e seus chatbots possuem limitações.

Entre as principais, podemos citar a dificuldade em entender:

  • Respostas vagas;
  • Emoções humanas;
  • E temas complexos – isto é, caso não tenham sido treinados especificamente para isso. 

Outra questão preocupante é o fato de a inteligência artificial não saber fornecer respostas negativas. Ou seja, mesmo que ela não tenha a informação correta do que você procura, ela irá te dar uma resposta que faz parecer verídica e confiável.

Isso acontece porque tecnologias à base de inteligência artificial precisam ser ensinadas a interpretar as informações, o que chamamos de “machine learning” (aprendizado de máquina). 

No que se refere aos chatbots, o que compõe o ChatGPT é a inteligência artificial do tipo generativa. Neste modelo de linguagem, criado pela OpenAI, diversos dados organizados permitem que o chatbot reconheça imagens e textos. Assim, ele é capaz de analisar o conteúdo da imagem de forma semelhante a um humano, além de emitir respostas em forma de texto.

Cuidados no uso do ChatGPT: a ética profissional

De acordo com o Guia da Farmácia, “os dados extraídos dessa inteligência [ChatGPT] também são capazes de trazer dados consistentes ao gestor do negócio. O monitoramento das redes sociais, por exemplo, pode ser feito de forma automática, com detecção do assunto e sentimento do interlocutor, seja ele positivo ou negativo.”

Para o segmento de farmácia, assim como para a Saúde em geral, essa limitação indica que alguns conhecimentos antigos e com evidências científicas robustas podem ser encontrados em chatbots de inteligência artificial sem grandes falhas.

No entanto, conceitos confirmados em um período mais próximo ao presente podem não ser encontrados ou apresentar conceitos equivocados.

Por fim, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para usar a inteligência artificial de forma ética, é necessário seguir alguns princípios, como:

  • Proteger a autonomia humana – de forma que os seres humanos continuem no comando e protejam a privacidade dos pacientes.
  • Promover o bem-estar e a segurança humana e o interesse público: projetos de inteligência artificial devem sempre cumprir os requisitos de segurança, precisão e eficácia.
  • Garantir transparência, explicabilidade e inteligibilidade: tecnologias baseadas em IA devem sempre ter informações documentadas e publicadas antes do projeto começar. Os processos da IA precisam ser explicados e deve ser compreensível o suficiente para ser tema de debate público.
  • Promover responsabilidade e prestação de contas: é responsabilidade das partes interessadas garantir que as tecnologias de IA sejam usadas nas condições apropriadas e por pessoas devidamente capacitadas.
  • Garantir inclusão e equidade: para ser inclusiva, um projeto de IA em saúde exige considerar o uso e acesso das tecnologias para todas as pessoas – independentemente de idade, sexo, gênero, renda, raça, etnia, orientação sexual, letramento digital ou outras características protegidas pelos direitos humanos.
  • Promover inteligência artificial que seja responsiva e sustentável: nesse aspecto, espera-se dos responsáveis por desenvolver essas tecnologias de IA honestidade sobre seu uso, preparação de profissionais para utilizá-las e que os sistemas sejam projetados para reduzir as consequências negativas no meio ambiente.   

Você pode encontrar mais informações sobre como usar eticamente a inteligência artificial clicando aqui.

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